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Os principais destaques do Censo da Educação Superior 2022

São tempos de expansão: os dados do Censo da Educação Superior de 2022 mostram que mais de 70% dos novos alunos do ensino privado optam por cursos não-presenciais. Em apenas um ano, entre 2021 e 2022, o número de estudantes EaD passou de quase 4 milhões para mais de 4,7 milhões.

Os resultados da pesquisa realizada pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) foram apresentados em coletiva de imprensa no dia 10 de outubro.

A seguir, a Workalove mostra os destaques do levantamento mais importante para a regulação e supervisão da educação superior no Brasil. Confira!

Aumento no número de estudantes matriculados

Confirmando a tendência dos últimos anos, o número de matrículas na educação superior (graduação e sequencial) continuou crescendo, atingindo quase 9,5 milhões. Entre 2012 e 2022, a marca aumentou 33,8%.

Com uma média de crescimento de 3% ao ano, o nível mais elevado dos sistemas educativos tem experimentado uma expansão gradual. No entanto, o Brasil ainda precisa aumentar quase um terço das matrículas para atingir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de elevar a taxa bruta para 50%.

Nem mesmo a graduação em medicina, tradicionalmente tão concorrida, consegue preencher 100% das vagas oferecidas nas instituições de ensino. Em 2022, havia quase 23 milhões de vagas disponíveis, considerando todos os cursos, mas apenas 4,7 milhões foram preenchidas.

É importante ter em conta que a expansão vem sofrendo influência de fatores como a recuperação da economia no período pós-pandemia, a flexibilidade oferecida pelos cursos a distância e a busca por aprimoramento para o mercado de trabalho. Isso significa que é preciso fazer mais.

Mais do que nunca, a construção de um projeto pedagógico bem estruturado se faz fundamental. Ele deve contemplar objetivos claros, metodologias de ensino adequadas, conteúdos relevantes e avaliação eficiente. Também exige alinhamento com as necessidades e demandas da sociedade e do mercado de trabalho

A explosão de cursos EaD

Informações do Censo de Educação Superior de 2022 apontam um aumento de 189% do número dos cursos de graduação a distância (EaD) nos últimos quatro anos. Os dados indicam crescimento de 21% em relação ao levantamento realizado no ano anterior. No mesmo período, houve 621 mil matrículas a mais.

O número de ingressos em cursos EaD também tem aumentado substancialmente nos últimos anos, tendo ultrapassado a marca histórica de 3 milhões de ingressantes em 2022. Na última década, o crescimento do setor chegou a 700%.

Considerada uma medida de democratização do acesso ao ensino superior, a ênfase no sistema EaD beneficia mais pessoas que buscam aprender. Além de flexibilidade e facilidade, o mercado de trabalho vê com excelentes olhos quem se forma nesse formato. Logo, é uma boa opção para quem não consegue frequentar a faculdade todos os dias.

A despeito das vantagens percebidas pelos alunos, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que o MEC vai ser mais rigoroso com a supervisão das graduações a distância. O objetivo é assegurar a qualidade dos cursos na modalidade, que já recebe dois terços dos integrantes do ensino superior.

Desinteresse dos jovens pelo ensino superior

Um em cada cinco brasileiros de 18 a 24 anos (cerca de 21%) está fora da escola mesmo sem ter concluído o ensino médio, mostram dados do Censo da Educação Superior de 2022.

Menos da metade dos alunos brasileiros que concluíram o ensino médio no último ano fez o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Na rede particular, 80% das vagas de ensino superior não foram preenchidas. O levantamento do Inep revela ainda que 43,4% dos jovens não estão na universidade, mas concluíram o ensino médio.

Professores e gestores de instituições de ensino reconhecem que o desinteresse dos alunos em relação aos cursos tem crescido, afetando negativamente sua formação acadêmica e contribuindo para altas taxas de evasão e de insucesso profissional.

Oferecer flexibilidade nos horários e formatos de ensino, incluindo aulas noturnas e cursos a distância, é uma forma de atrair estudantes que trabalham ou têm outras responsabilidades para além da universidade. Trata-se de um esforço necessário, sim, mas não suficiente. 

Fornecer orientação vocacional nas escolas de ensino médio, estabelecer parcerias com empresas para criar programas de estágio e oferecer apoio acadêmico são algumas medidas que podem ser tomadas para consolidar a participação de jovens no ensino superior.

Alto índice de evasão e queda de concluintes

Em 2022, quase 1,3 milhão de estudantes concluíram cursos de graduação. No período de 2012 a 2022, o número de concluintes na rede pública apresentou um crescimento de 8,9%, enquanto na rede privada houve queda de -5,3%.

O número de concluintes em cursos de graduação presencial teve queda de -4,6% em relação a 2021 — situação semelhante para a modalidade a distância, com redução de -0,3% no mesmo período.

O Mapa do Ensino Superior no Brasil, do Instituto Semesp, já havia revelado que mais da metade dos alunos que entram em faculdades no país desiste antes de completar o curso. Enquanto 55,5% desistiram do curso, 18,1% continuam cursando e apenas 26,3% concluíram no tempo devido.

A alta taxa de desistência, seja na rede pública ou privada, pode ser atribuída a uma série de fatores. Alguns dos motivos que explicam esse quadro incluem: desafios financeiros, motivos pessoais, desalinhamento com o curso, falta de motivação e barreiras sociais e culturais. Algumas instituições de ensino, no entanto, parecem ignorar seu papel na evasão.

Muitas vezes, a gestão educacional se esforça para captar novos alunos, se descuidando daqueles que já ingressaram e lutam para se manter na jornada acadêmica. A ação de retenção não pode ser acionada apenas a partir da iniciativa do aluno em sair. É necessário estreitar as relações com o estudante para além da sala de aula, mantendo um vínculo significativo.

A Workalove sabe como ajudar

Em meio a um cenário marcado pela competitividade, o gerenciamento de instituições educacionais e a sincronização dos departamentos são tarefas desafiadoras. Sabe-se, contudo, que o tempo é implacável. As universidades que não se adequarem às mudanças na forma de consumir produtos e serviços vão acabar alimentando as chances de estagnarem rapidamente. 

O desafio é preparar a jornada com olhar integral para o aluno, a fim de assegurar que os conteúdos e estratégias de aprendizagem dialoguem com o perfil e o projeto de vida de cada um. As expectativas mudaram, e a IES deve mudar junto. Para manter os estudantes engajados, a Workalove recomenda:

  • Oferecer soluções integrais para o aprendizado remoto;
  • Garantir cursos de nivelamento;
  • Priorizar o desenvolvimento de habilidades com demanda de trabalho;
  • Criar planos curriculares com trilhas de aprendizagem personalizadas;
  • Incentivar o desenvolvimento de soft skills e competências para a vida;
  • Identificar os alunos em risco e oferecer-lhes apoio especial.

 

Nós ajudamos a sua instituição a buscar um diferencial competitivo para atrair mais alunos, realizar a gestão de seus processos perante o MEC e aumentar a taxa de concluintes. Estamos sempre em busca de novas maneiras de introduzir o conceito da trabalhabilidade na sua IES, aumentando o sucesso do estudante e, por extensão, a permanência estudantil.

Quer saber como fazemos isso? Marque uma conversa conosco! Será um prazer ajudá-lo(a).

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