Por que os núcleos de carreiras fracassam?
A educação superior desempenha um papel crucial na formação do aluno para o mercado de trabalho, e a implementação eficaz de um núcleo de carreiras tem o potencial de impulsionar o Sucesso do Estudante.
Contudo, mesmo quando o objetivo é capacitar os estudantes para atrair recrutadores, algumas iniciativas se desfazem diante dos desafios. Isso muitas vezes está associado à falta de preparo das instituições de ensino superior (IES) para lidar com a mudança cultural necessária.
Embora grande parte das instituições já ofereçam oportunidades relacionadas ao desenvolvimento de carreiras, dentro e fora da sala de aula, são poucas as que conseguem implantar a cultura e escalar seu impacto. Isso acontece porque a maioria das instituições de ensino criam um escritório e tratam carreiras como um anexo de algum outro setor, como o de estágios, por exemplo.
Esse é um dos motivos básicos do fracasso na implantação da cultura de carreiras nas instituições de ensino.
Por isso, neste artigo, mostraremos por que alguns núcleos de carreiras fracassam e também oferecemos insights estratégicos para superar os obstáculos.
A ascensão dos núcleos de carreiras
Os núcleos de carreiras não são um conceito novo nas universidades. Nem aqui no Brasil, tampouco lá fora. Vide o exemplo da Universidade de Georgetown, que estruturou seu Núcleo de Carreiras baseado em dois pilares: auxiliar o aluno no entendimento de seu perfil para a exploração de opções de carreira e definição de uma estratégia de futuro; e preparar o aluno para as diferentes etapas de processos seletivos. Falamos com mais detalhes sobre esse caso no nosso livro ” A Disrupção do Marketing para Instituição de Ensino”.
No Brasil, nos últimos cinco anos, os núcleos de carreiras começaram a conquistar a importância e o reconhecimento necessários para cumprir essa missão. Veja o exemplo da UNDB, que viu na cultura de carreiras um indicador para medir sua qualidade de ensino.
Descubra a seguir quais os principais erros que levam os profissionais responsáveis pelos núcleos de carreiras a falharem:
1 - Tecnologia não basta
Comprar tecnologia sem revisar e otimizar os processos subjacentes pode potencializar erros. A tecnologia é uma ferramenta, não uma solução completa.
2 - Núcleo de Carreiras desassociado do plano pedagógico da Instituição
Em algumas instituições, o setor de carreiras é incorporado diretamente no plano pedagógico, proporcionando aos alunos uma visão ampla sobre suas trajetórias profissionais.
Isso não apenas os ajuda a entender o mercado de trabalho, mas também identificar lacunas a serem preenchidas e as medidas necessárias para garantir uma transição fluida para a carreira. E, quando o núcleo de carreiras não está intimamente ligado ao setor acadêmico, as chances de falha são enormes.
3 - Núcleo de carreiras sem apoio institucional
A implementação do Núcleo de Carreiras é uma decisão institucional, que envolve comunicação, acesso otimizado, publicação de vagas e gestão de carreiras como uma política da instituição, dessa forma é necessário trabalhar o projeto com uma unidade e/ou campus.
Quando o projeto é implementado apenas em um curso ou período, ele fica limitado a um público muito restrito, dessa forma não é possível observar todas as variáveis e implementar ações que irão impactar e gerar valor.
Centralidade no aluno
Como mencionado acima, inserir o núcleo de carreiras na estratégia global da instituição é um passo vital. Isso significa alinhar os objetivos do canal de integração com a missão da instituição. O intuito é garantir que a orientação profissional seja uma parte integrante do desenvolvimento acadêmico.
Ao envolver os estudantes na construção de suas carreiras, a instituição cria uma cultura que valoriza a preparação para o mercado de trabalho. Com isso, é possível melhorar o nível de satisfação dos alunos, fortalecendo as políticas de permanência dos estudantes na universidade.
Escolha a pessoa certa
Agora que já entendemos os principais erros que levam ao fracasso do núcleo de carreiras, quais ações podemos fazer para acertar e obter sucesso? Um aspecto negligenciado por muitas instituições é a definição do perfil para chefiar o núcleo de carreiras. Recrutar o profissional correto é uma tarefa crítica para o fomento de uma cultura que valoriza a integração entre a academia e o mercado de trabalho.
Sua função é auxiliar os alunos a planejarem, gerenciarem e se desenvolverem na profissão. Essa responsabilidade pode ser fracionada em uma série de atividades diárias. Veja no gráfico alguns dos principais encargos de um profissional de carreiras.
O que o gestor do núcleo de carreiras deve fazer:
Para fazer um bom trabalho, é desejável dispor de grande autonomia perante os coordenadores de curso. Além disso, o profissional deve ser capaz de estabelecer vínculos com a comunidade local, buscando oportunidades para o corpo discente.
À medida que a cultura for implementada — e os serviços ofertados pela área crescerem — recomenda-se a ampliação de recursos humanos (conforme possibilidades da instituição).
O objetivo é aumentar a empregabilidade dos estudantes de maneira gradual e, assim, ampliar a percepção de valor da formação superior, fortalecendo também a marca da universidade.
Caminho dourado
Você já sabe que o sucesso na implantação do núcleo de carreiras requer uma abordagem holística. Pessoa certa, processos otimizados e tecnologia adequada formam a tríade essencial para o êxito do projeto.
Ao integrar o núcleo de carreiras à estratégia acadêmica, a instituição prepara seus estudantes não apenas para a graduação, mas para uma carreira bem-sucedida e sustentável no mercado de trabalho.
Quer conhecer as tecnologias de carreiras da Workalove Edtech para implantação da cultura de carreiras na sua instituição de ensino?Agende agora mesmo uma conversa com nossos especialistas. Será um prazer falar com você!
