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Integração entre a academia e o mercado: Por que o Futuro da Educação é integrado ao Mundo do Trabalho?

Veja a seguinte situação apresentada, durante o lançamento da primeira edição da Jornada da Trabalhabilidade:

integração entre o mercado de trabalho e a academia
academia e o mercado de trabalho

Um dos principais motivos, segundo Fernanda Verdolin, está relacionado à falta de integração entre a academia e o mercado e à visão de mundo que a Amanda está envolvida.

Essa visão corresponde a uma ideia de que para você construir a sua carreira, é necessário conseguir um emprego em uma organização que te permita crescer em passos previamente definidos e que mobilizarão apenas algumas das suas competências técnicas e especialidades.

“Essa visão de mundo fez muito sentido para os nossos pais, mas não cabe mais para a nossa realidade e para a de Amanda”, conclui Fernanda.

Para que a Amanda consiga ampliar sua visão de mundo, ela precisa romper com o ideal da empregabilidade, para de fato enxergar o surgimento de um novo paradigma que demanda que todo seu potencial humano e ação criativa sejam ativados.

E para isso, ela também precisará de uma educação emancipadora, que a oriente para a descoberta de outras infinitas possibilidades de atuação profissional e formas de desenvolvimento pessoal.

Integração entre a academia e o mercado - desafios a serem enfrentados

O maior desafio para que haja uma integração entre a academia e o mercado está na revisão colaborativa das provocações geradas pela era da trabalhabilidade.

Infelizmente, o sistema educacional vigente ainda reflete muito a lógica do tempo em que foi criado (a era industrial) e por isso a enorme semelhança com uma fábrica, veja os exemplos abaixo:

  • Com horário de entrada e saída;
  • A dinâmica de aprendizado em tarefas repetitivas;
  • O desempenho dos estudantes é medido de forma linear e sequencial;
  • As disciplinas são desconectadas entre si;
  • O comando e controle ainda é a forma predominante de gerir o ensino-aprendizado.
 

É importante frisar aqui que não tinha nada de errado com aquele mundo, ele só não é mais o mundo que vivemos hoje.

Integração entre a academia e o mercado - novas dinâmicas

Agora a dinâmica é completamente diferente: as pessoas precisam transitar em diferentes realidades, que mudam o tempo todo. Isso é o mundo pós-digital, que ficou ainda mais evidente com a pandemia.

Todos nós estamos tendo que trabalhar juntos, mobilizando outras especialidades desenvolvidas nos mais diferentes contextos da nossa vida. Ela complementa:

“Estamos sendo convidados diariamente, especialmente durante essa pandemia, a sair de nossos silos de conhecimento para atuar com outros profissionais – de outras áreas, gerações, visões de mundo – para então gerar um impacto que muitas vezes sequer imaginamos, mas que são possíveis por integrar pessoas de diferentes realidades dispostas a gerar infinitas possibilidades.”

Podemos concluir que essas mudanças estão cada vez mais reais aqui no país, não sendo uma realidade exclusiva apenas na Europa ou Estados Unidos. 

Essa nova realidade nos desafia a nos adaptarmos, a ponto de determinar a sobrevivência dos novos profissionais, negócios educacionais e da nação.

É possível perceber que os alunos não querem mais crescer profissionalmente em uma mesma organização, como foi na era da empregabilidade

E o engessamento das estruturas curriculares acaba levando os alunos a questionarem a relevância e importância em se obter um diploma nos dias atuais.

Isso não significa que o conhecimento deixa de ser importante nesse novo mundo, pelo contrário, o conhecimento continua sendo fundamental e absoluto. O conhecimento é poder e vai continuar sendo a principal forma de se promover transformações sociais e conversão econômica para nossos estudantes. Que inclusive é exatamente isso que significa a proposta da era da trabalhabilidade e do lifelong learning – aprender por toda a vida.

O conceito de Lifelong Learning (ou educação continuada) apareceu pela primeira vez em um relatório da Unesco de 1970 e, como o próprio nome diz, representa a forma de ensino baseada no aprendizado contínuo.

Sugere o aperfeiçoamento constante do indivíduo e propõe a ideia de que nunca é tarde para iniciar algo novo ou complementar o que a pessoa já conhece. 

Esse conceito evidencia a necessidade de nos adaptarmos constantemente em um mundo que muda o tempo todo.

E é exatamente essa a essência dessa nova era – a possibilidade de moldarmos nas mais diferentes formas todos os aprendizados e competências que desenvolvemos ao longo da nossa jornada de vida e carreira.

Integração entre a academia e o mercado - o abismo existente é real!

Mesmo entendendo esse contexto de mudanças, veja abaixo o resultado dessa lacuna para o mercado de trabalho e para a educação hoje:

A pesquisa recente da GALLUP (2020), nos mostra um abismo entre a academia e o mercado de trabalho. Enquanto 96% dos gestores acadêmicos acreditam que a formação acadêmica que criaram é adequada para suprir as necessidades do futuro do trabalho, apenas 11% dos líderes empresariais acreditam que essa formação acadêmica é adequada.

Ou seja, existe uma grande diferença na percepção dos diferentes atores sobre como se gera valor por meio da educação. 

Em paralelo, vivemos um recorde histórico do desemprego entre os jovens, do aumento da subutilização da força de trabalho e um crescimento significativo das vagas de emprego não preenchidas, o que significa que grande parte dos recém formados, estão fora do mercado de trabalho.

De acordo com uma pesquisa publicada recentemente pela Educa Insights, 11% dos recém formados entrevistados alegam que adquiriram, em sua formação superior, um baixo preparo para exercer a sua profissão.

Desses, 53% disseram que a faculdade tem conteúdo desatualizado, e 47% que o mercado exige competências não lecionadas no curso. Isso é preocupante!

Dentre os empregadores entrevistados, 21% acreditam que os recém-formados possuem um baixo preparo, e destes, 77% alegam que as faculdades têm disciplinas distantes do mercado e 38% que o desempenho dos recém egressos não é satisfatório.

Superar esse desafio é tão urgente que está dado o xeque-mate para a educação:

Fernanda abordou esse questionamento em sua palestra, na abertura da Jornada da Trabalhabilidade: “Para responder a esses questionamentos, desafiamos o sistema educacional tradicional a implantar uma nova perspectiva pedagógica de vida e carreira que conecta estudantes, instituições de ensino e o setor produtivo em um mesmo ambiente para a geração de valor entre si.

Essa nova perspectiva pedagógica começa realizando o mapeamento e acurácia dos dados do mercado de trabalho modernizando e flexibilizando os currículos pedagógicos de acordo com o que o mundo do trabalho precisa hoje e precisará amanhã.”

 

“Usamos o aprendizado de máquina e double check, com o mercado de trabalho para manter atualizado as informações desse novo mundo do trabalho.

Funciona como um linkedin para os estudantes, mas com mais inteligência e potência, permitindo que ele se auto conheça, identificando seu perfil comportamental, seus interesses e valores, gerando assim, seu currículo do futuro – uma visão ampliada do seu potencial profissional ”, afirmou Fernanda Verdolin.

 

Veja o modelo dessa funcionalidade da plataforma na imagem abaixo:

Com a plataforma, ainda é possível descobrir as atuações profissionais mais alinhadas ao perfil dos estudantes, inclusive indicando o grau de aderência e as competências mais requeridas de cada atuação.

É possível acessar as vagas disponíveis, receber orientações para a preparação de entrevistas de emprego e até mesmo  criar uma nova identidade profissional que aumentará as possibilidades do estudante ser feliz e ganhar dinheiro.

Fernanda Verdolin complementa: “Para as empresas, a plataforma funciona como um recrutador inteligente que usa parâmetros que não existem no mercado de trabalho hoje para avaliar talentos universitários, como: rendimento acadêmico, competências técnicas, comportamentais, personalidade e valores.

Aumentamos a assertividade e reduzimos o tempo de custo da contratação.

E é também um painel de controle de sucesso dos estudantes para as instituições de ensino, além de um novo modelo de educação integrado ao futuro do trabalho que realiza a modernização e flexibilização de suas estruturas curriculares.

E assim, com a ajuda da tecnologia, a Amanda (do início da nossa história), consegue montar seu currículo por competências de mercado muito mais alinhado ao seu perfil e objetivos.

Saindo de um currículo engessado de sistemas de informação para um currículo focado no seu sucesso” finaliza.

Sobre a primeira edição da Jornada da Trabalhabilidade

Esse conteúdo foi apresentado durante o lançamento da primeira edição da Jornada da Trabalhabilidade, que aconteceu nos dias 07 e 08 de Julho de 2021 e contou com a participação de diversos especialistas do segmento educacional, que se destacam por sua relevância, experiência profissional e especialidades. 

Durante a Jornada, compartilharam suas visões sobre as mudanças no mundo do trabalho e seus impactos no Futuro da Educação, sobre o abismo entre a academia e o mercado, como a Trabalhabilidade pode se tornar um diferencial estratégico nas Instituições de Ensino e como algumas universidades brasileiras estão conseguindo responder à todos esses desafios. 

Para assistir as gravações é só clicar no botão abaixo:

 

Agora é com você!

A plataforma da Workalove auxilia as instituições de ensino de forma disruptiva, a alcançar o Sucesso dos Estudantes.

Ficou curioso e quer saber como implantá-la em sua instituição também? Entre em contato conosco por aqui. Será um prazer continuar essa conversa com você!

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