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Conheça as motivações dos estudantes para ingressar no ensino superior em 2024

Fazer uma graduação continua sendo um sonho acalentado por muitos jovens no Brasil, especialmente aqueles com dificuldades para pagar as contas. Não à toa, mais de nove em cada dez (97%) pessoas interessadas em frequentar a universidade concordam que estudar é uma poderosa ferramenta de ascensão social

Os dados obtidos em pesquisa feita pela Workalove mostram que a principal expectativa dos vestibulandos (40%) é conseguir um emprego na área escolhida. Para isso, mais da metade (53%) está disposta a se matricular em uma instituição pública ou privada.

Confira a seguir os principais destaques do levantamento Conheça as motivações dos estudantes para ingressar no ensino superior.

Perfil do aluno

O público-alvo da quinta e última etapa da série de pesquisas O que os alunos realmente pensam sobre o ensino superior?, realizada em parceria com o Instituto Semesp, tem o ensino médio completo, mas ainda não entrou na faculdade. 

Foram ouvidas 1542 pessoas de todo o País, sendo que a maioria é jovem, com até 24 anos (79%), mulher cisgênero (60%), egressa do ensino médio da rede pública (76%) e com renda familiar mensal de até R$ 5 mil (77%). 

Oitenta por cento dos respondentes indicam que pretendem ingressar no ensino superior. Ainda assim, 6% afirmam não ter condições financeiras para realizar o sonho, e 5% dizem ter desinteresse pela formação acadêmica. 

Saiba mais detalhes sobre o público da pesquisa: 

  • Portas de entrada 

Cerca de um terço (32%) dos jovens consultados pela Workalove expressam a necessidade de bolsas fornecidas pela instituição para ingressar no ensino superior. Uma proporção um pouco menor (27%) espera entrar por meio do SiSU (Sistema de Seleção Unificada). Apenas 16% cogitam pagar mensalidade integral. 

  • Cursos em alta 

Entre as áreas mais procuradas pelos alunos, “Saúde e Bem-estar” aparece em primeiro lugar, com 28%, seguida de “Negócios, Administração e Direito” (17%), “Computação e Tecnologia da Informação” (13%) e “Ciências Sociais, Comunicação e Informação” (8%). Uma parcela menor, de 7%, ainda não decidiu o caminho que pretende seguir. 

  • Modalidade de ensino 

A maior parte dos respondentes (67%) diz preferir se deslocar até a faculdade para assistir às aulas todos os dias da semana. No entanto, independentemente do formato escolhido — presencial, semipresencial ou EaD — a flexibilidade de horário é apontada como fator determinante. Essa preferência se deve à possibilidade de conciliar os estudos com o trabalho. 

Enfim, as expectativas

A porcentagem de estudantes (37%) que veem na universidade a chance de conseguir um emprego na área escolhida ressalta a conexão entre a educação e as aspirações de carreira. Além disso, um quarto dos participantes (26%) busca uma transformação em suas vidas a partir do ensino superior. 

 Entretanto, por trás dessas motivações otimistas, surgem preocupações substanciais. A ansiedade em relação à empregabilidade (28%) e ao risco de desapontamento com o curso escolhido (27%) destacam a necessidade de orientação vocacional mais robusta e informações detalhadas sobre os cursos oferecidos.

 Esse panorama reflete a dualidade inerente às expectativas dos estudantes. Enquanto há um entusiasmo em relação à perspectiva de crescimento profissional e pessoal, as apreensões relacionadas à satisfação com o curso apontam para a necessidade contínua de aprimoramento e personalização das experiências educacionais

Essa abordagem holística, que coloca o estudante no centro do processo de ensino-aprendizagem, pode não apenas aliviar as preocupações dos alunos, mas também enriquecer a sua jornada em direção ao futuro do trabalho. 

Acesso à graduação

Curiosamente, não conseguir pagar a mensalidade do curso aparece em terceiro lugar na lista de preocupações dos alunos, totalizando 19% de respostas. Apesar disso, 65% afirmam que não conseguiriam ingressar no ensino superior sem algum tipo de auxílio, reforçando a urgência de assistência financeira e orientação profissional. 

Para Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp, esse é um problema recorrente, que demanda apoio por parte da instituição: “A situação financeira é decisiva, por isso, devemos democratizar o acesso aos recursos e apoiá-los durante toda jornada acadêmica, para que desenvolvam o autoconhecimento e consigam fazer escolhas assertivas em suas vidas e carreiras, impulsionando, assim, o processo de mobilidade social no País.” 

Outra forma de garantir o acesso ao ensino superior é investir na estratégia de trabalhabilidade. Ao possibilitar a identificação de habilidades, oferecer estágios e programas de colocação, promover workshops sobre empregabilidade e acesso a redes profissionais, as instituições podem preparar os alunos para gerar renda mesmo em cenários instáveis. 

De igual forma, a integração de bolsas de estudo e programas de auxílio financeiro, junto com a promoção de programas de empreendedorismo, ajuda a reduzir as barreiras econômicas e criar oportunidades para uma educação superior mais inclusiva e equitativa. 

O momento da escolha

Ter uma graduação é fundamental para se tornar um profissional mais qualificado e aproveitar as oportunidades do mercado de trabalho. Porém, em meio a tantas opções, fica difícil escolher a melhor faculdade. 

A solução para isso é avaliar as instituições, analisando suas características, os benefícios oferecidos e outros itens. Para os respondentes da pesquisa, os indicadores de qualidade do MEC (12%), a disponibilidade e oferta do curso desejado (11%) e a localização (10%) são os aspectos mais importantes para a tomada de decisão. 

Ainda assim, a fundadora da Workalove, Fernanda Verdolin, defende a revisão dos instrumentos de avaliação da educação superior brasileira: “Atualmente, mais de 80% das instituições no Brasil já conquistaram um bom desempenho e, consequentemente, alcançaram as notas máximas exigidas [pelo MEC]. Há uma urgência de reconstruir essas métricas de modo que elas indiquem a qualidade do serviço que é oferecido, a conclusão do curso e também acompanhe a trajetória de empregabilidade dos alunos.” 

Outro ponto crítico para a entrada na faculdade diz respeito ao oferecimento de programas de apoio ao estudante. Isso se deve ao fato de que 64% dos participantes da pesquisa afirmam que não conseguirão entrar na universidade se não possuírem algum tipo de bolsa ou financiamento.

Por outro lado, mensalidades muito baixas geram desconfiança na opinião de 39%, o que destaca a necessidade de transparência e garantias de qualidade, mesmo em instituições com propostas financeiras mais acessíveis. 

Além disso, vale destacar que 31% dos participantes da pesquisa ainda consideram o ingresso na rede particular como a escolha principal, indicando uma persistência na busca por experiências educacionais mais personalizadas e flexíveis.

O futuro começa agora

Como foi possível observar a partir dos resultados da pesquisa, a jornada para o ensino superior em 2024 está diretamente ligada às aspirações individuais, desafios financeiros e expectativas de carreira dos alunos.

Em razão disso, as instituições de ensino têm a responsabilidade de criar um ambiente educacional mais inclusivo e acessível para todos os aspirantes universitários. 

Implementar programas de mentoria e aconselhamento profissional, além de estabelecer parcerias com empresas, permite que as faculdades alinhem seus programas educacionais com as demandas do mercado de trabalho.  

Isso garante que os alunos adquiram as habilidades necessárias para as posições disponíveis, tornando-os mais atrativos para os empregadores.  

Vamos juntos rumo a um ensino superior promissor e cheio de oportunidades?  

Entre em contato com a Workalove por WhatsApp ou e-mail para refletir as esperanças e ambições de uma geração que busca não apenas educação, mas a chave para o desenvolvimento e a autogestão da carreira.

E se quiser conferir os dados completos da pesquisa,

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