Modernização dos Currículos pedagógicos por competências de Mercado
Como reduzir o abismo entre a academia e o mercado de trabalho, através da modernização dos currículos pedagógicos por competências de mercado? Esse foi o tema central da palestra de Beatriz Balena, reitora da Universidade Veiga de Almeida – UVA, durante sua participação na primeira edição da Jornada da Trabalhabilidade.
A Jornada aconteceu nos dias 07 e 08 de Julho de 2021, e contou com a participação de diversos especialistas do segmento educacional, que compartilharam conosco suas visões sobre as mudanças no mercado de trabalho e seus impactos no Futuro da Educação, sobre o abismo entre a academia e o mercado, como a Trabalhabilidade pode se tornar um diferencial estratégico nas Instituições de Ensino e como algumas universidades brasileiras estão conseguindo responder a todos esses desafios.
Assista as gravações pelo link abaixo:
Sobre a Universidade Veiga de Almeida – UVA
Com mais de 45 anos de história e mais de 25.000 alunos, a Universidade Veiga de Almeida está localizada no Rio de Janeiro, com campi nas regiões: Botafogo, Tijuca, Barra e Cabo Frio. Ela está entre as mais tradicionais instituições de ensino superior do Brasil. Integrando também o grupo de corporações que participam do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU).
Atualmente, oferece mais de 150 cursos de graduação e pós graduação presencial, híbrido e a distância, mestrado, doutorado e diversos cursos de extensão.
“Na Universidade Veiga de Almeida o estudante é o centro de nossa atividade educadora, a nossa razão de ser. Os propósitos, valores e diretrizes da UVA estão direcionados em proporcionar experiências memoráveis e o encantamento pelo saber”, afirma Beatriz Balena.
E é com essa visão, focada no Sucesso de seus estudantes que abordaremos aqui o tema de Modernização dos currículos pedagógicos. Continue comigo.
A Modernização dos currículos pedagógicos na UVA
Beatriz começou sua apresentação falando sobre seu incômodo em ouvir de alguns empresários falas como essa:
“Eu não gosto de como os alunos saem das Universidades, porque eles saem muito teóricos, sem saber fazer nada, muito menos resolver problemas”.
A insatisfação em ouvir isso foi um dos fatores que a motivou a aceitar o desafio de assumir a reitoria da Universidade Veiga de Almeida. Ela nos conta que grande parte das pessoas, ao ouvir afirmações como essa, acham que a culpa é apenas dos estudantes, porém, Beatriz pensa diferente.
Ela enxerga isso como um gap das instituições de ensino, que são os players chave do desenvolvimento das competências essenciais, urgentes e emergentes dos estudantes.
Outro ponto citado em sua apresentação, foi o fato do termo “acadêmico” ter ganhado ultimamente uma característica um pouco pejorativa para algumas pessoas.
Desafios da educação no Brasil
Beatriz reforça que o aluno chega no curso superior repleto de vícios, e às vezes sem conhecer coisas básicas, como o sentimento ético, as características de relacionamento interpessoais ou como desenvolver seu pensamento crítico.
“Alinhado a isso, temos a necessidade de fazer sempre mais, com menos recursos, tanto de corpo docente quanto de tecnologia ou de espaço físico. Porém, é preciso que o nosso professor também acredite na possibilidade de um novo cenário, que é o que irá nos dar um direcionamento do que é preciso hoje em uma formação adequada com as exigências do mercado. E ao mesmo tempo, entender os desejos e as necessidades desta nova geração de estudantes”.
Pois é com o apoio dos mestres e professores, que serão os responsáveis por ensinar práticas reais de mundo para os estudantes, que faremos com que os estudantes consigam enxergar os problemas existentes no mercado de trabalho e propor soluções práticas e viáveis de resolução.
Porém, mesmo com todos os sinais que já identificamos, ainda existe um abismo entre a academia e o mercado de trabalho. Beatriz reforça essa afirmação:
“O último que percebe a água é o peixe. Eu ouvi essa frase que resume exatamente a situação que estávamos ao olhar essa dicotomia entre mercado e academia. Durante muito tempo falamos sobre as mudanças do mundo e as mudanças no mercado de trabalho. Como se currículos e matrizes não tivessem nada a ver com isso. Como se os cursos estivessem certos, e o resto que se adapte a eles”, conclui.
Entramos na era da indústria 4.0
Buscando formas de reverter esse cenário na instituição que atua, Beatriz já está olhando para o cenário da indústria 4.0 e da sociedade 5.0, fazendo uma projeção de futuro, do que vai ser preciso para os empregos em 2030:
“Não sei como vão ser as novas profissões, nem quais nomes terão, mas o que me interessa hoje, é olhar para esse cenário que ainda é esperado para 2030, e começar a desenhar ele agora. Porque são várias as estratégias que terei que usar para que essas demandas consigam ser enxergadas e viabilizadas.“
Beatriz afirma ainda que provavelmente os empregos que surgiram até 2030 vão ter que lidar com alguns, ou todos os desafios abaixo:
- Aumento da Desigualdade;
- Incertezas Políticas;
- Mudanças Tecnológicas;
- Urbanização;
- Sustentabilidade Ambiental;
- Mudanças Demográficas;
- Globalização.
Modernização dos Currículos Pedagógicos – Como formar o profissional 5.0?
Para Beatriz, o profissional 5.0 é aquele que precisa tomar decisões urgentes, fazendo isso de uma forma segura e com lastro. Veja abaixo outras características desse profissional:
- Saber enfrentar desafios locais e globais;
- Tomar decisões urgentes e essenciais;
- Agir rápido em múltiplas frentes;
- Fornecer novas ideias e entendimentos;
- Valorizar a qualidade de vida;
- Ter responsabilidade coletiva;
- Traçar um curso para o futuro BANI;
- Possuir habilidades interpessoais e de comunicação;
- Desenvolver sua mentalidade criativa e inovadora.
“E tudo isso demanda para nós, agências formadoras, a necessidade de formar um aluno Maker, que seja altamente inovador, que saiba pesquisar e que consiga empreender”, conclui Beatriz.
Como a UVA contribui com o Sucesso dos Estudantes da Instituição?
Como a UVA vem respondendo a esses desafios, para ajudar seus estudantes a alcançarem o sucesso profissional que eles desejam e que o mercado de trabalho precisa?
Para Beatriz, a resposta está no desenvolvimento de um currículo baseado em competências, a partir das necessidades reais do mercado de trabalho atual. Em uma modernização dos currículos pedagógicos, que atenda não apenas ao mercado, mas que traduza os eixos de trabalhabilidade, empregabilidade e mentoriedade.
“Consiste na modernização de uma matriz curricular que articula ensino, pesquisa e extensão, competências transversais e ensino híbrido, preparando assim o estudante para ser um profissional que consiga tomar decisões urgentes, que forneça novas ideias e soluções para os desafios do mercado de trabalho, fazendo isso de forma segura e com lastro”, finaliza.
E por meio da parceria com a WORKALOVE, a modernização dos currículos pedagógicos está sendo aplicada na UVA!
Ficou curioso(a) e quer saber mais sobre como a UVA está resolvendo essa dor e aproximando seus estudantes do sucesso profissional? Agende uma conversa com um de nossos especialistas pelo botão abaixo. Vamos adorar continuar essa conversa com você.
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