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Trabalhabilidade - Qual o real impacto em minha Instituição de Ensino?

As relações no mundo do trabalho vem passando por diversas transformações, mas a pandemia acelerou uma ruptura sem precedentes: a nova era da Trabalhabilidade.

Mas o que, de fato, mudou? E qual o impacto dessa mudança para os meus estudantes e para a minha instituição de ensino?

O termo empregabilidade, segundo Almeida (2006), baseia-se na capacidade de adequação do profissional ao mercado de trabalho. Quanto mais adaptado o profissional, maior a sua empregabilidade. Mas, no mundo do trabalho atual essa vertente começa a cair por terra, com menos foco na empregabilidade e novo foco na trabalhabilidade.

O diferencial entre ambas está na capacidade de mobilizar a criatividade humana, a colaboração e as mais diversas habilidades desenvolvidas ao longo da vida profissional que vão muito além das experiências profissionais. Esse novo conceito atende a um mercado que busca e necessita de profissionais mais criativos e adaptáveis.

São muitas as vantagens que esse novo modelo de trabalho traz ao profissional, pois além de ganhar mais autonomia nos processos e liderança, o profissional passa a produzir mais economicamente, pois começa a desempenhar múltiplas fontes de trabalho. De acordo com Krausz (1999), a trabalhabilidade consiste na capacidade que o ser humano tem em desenvolver conhecimentos, habilidades, competências comportamentais e autoconhecimento, para gerar trabalho, renda e riqueza.

A  Trabalhabilidade está relacionada a capacidade de adaptação e geração de renda a partir de habilidades pessoais e refere-se à capacidade do individuo em trabalhar, em um emprego formal ou não. 

Pois o foco agora vai muito além do emprego formal, mostrando que o profissional pode atuar como empreendedor, autônomo e/ou profissional liberal. Dessa forma ele passa a ser valorizado pelas suas experiências de vida e o que faz de melhor. 

Por muitos anos a empregabilidade esteve em alta, mas os profissionais perceberam que apenas ela não preenchia as suas necessidades socioeconômicas exigidas pelo mercado.

A Trabalhabilidade representa o futuro do mundo do trabalho, sendo um aspecto chave para falarmos com qualquer potencial estudante de hoje e, que se tornará, o líder do amanhã.

E, então, como  aplicar e quais benefícios da trabalhabilidade na minha Instituição de Ensino?

Essa mudança requer primeiramente à urgência de transformação dos planos pedagógicos alinhados às novas competências do mundo do trabalho, que incluem não só as competências comportamentais (soft skills), mas também leva em conta, os conhecimentos formais e informais, experiências de vida e de carreira que vão ajudar o estudante a ter sucesso nesta nova era.

Estamos falando da necessidade de revisar as grades curriculares dos cursos superiores para formalizar o ensino transversal de competências sociais e emocionais, seja como disciplinas, eixos pedagógicos, ou projetos didáticos, criando um significado nos processos de ensino e aprendizagem. 

Além disso, é necessário também alimentar a comunidade acadêmica com informações, conteúdos e metodologias atualizadas sobre as competências sócio emocionais buscadas pelo mundo do trabalho, além de conhecimentos técnicos que auxiliem seus alunos em suas escolhas profissionais e em seu processo de autogestão de sua carreira.

Porém, para isso é necessário que a Instituição de ensino consiga criar um ecossistema de inovação em seus processos que integre o setor produtivo no mesmo ambiente. Estamos falando aqui, da Tríplice Hélice, um modelo universal de inovação que foca a universidade como fonte de empreendedorismo, tecnologia e inovação. 

Etzkowitz e Leydesdorff (2017), desenvolveram uma tese que afirma que a universidade deixa de ter um papel social secundário,  ainda  que  importante,  de  prover  ensino  e  pesquisa,  e  assume  um  papel  primordial como centro de promoção do desenvolvimento econômico.

Assim, a instituição de ensino passa a ser um sistema promotor de inovação e desenvolvimento sócio-econômico,  capaz de apoiar o aluno, de maneira proativa, durante toda a sua jornada estudantil para que suas expectativas  de  formação,  envolvendo  os  aspectos  pessoais  e  profissionais,  sejam  alcançados por  meio  de  um  processo  de  ensino  e  aprendizagem  flexível  e  personalizado  que  reforce  a  sua identidade  e  gere  senso  de  utilidade  para  nutrição  e  ampliação  do  seu  ciclo  contínuo  de  vida estudantil.

Na nossa visão, instituições de ensino, empresas e estudantes estão todos no “mesmo barco” e seus papéis são complementares. Estudantes querem acelerar sua carreira para o sucesso; empresas querem encontrar mais rápido e os melhores talentos para suas oportunidades e Instituições de Ensino precisam de um processo de gestão sustentável de captação e permanência de alunos.

Se algo do que falamos nesse artigo, fizer sentido para você, que tal continuarmos a nossa conversa?

Conheça a Plataforma que integra instituições de ensino, estudantes e empresas em um mesmo ambiente – Workalove, e que está construindo o maior ecossistema de trabalhabilidade e carreiras para educação.

Queremos saber sua opinião.

Trabalhabilidade e Empregabilidade - Quais são as diferenças?

A diferença principal está na concepção de emprego. Pelo viés da empregabilidade, as pessoas se preparam para ter bons cargos e permanecer em funções relativamente estáveis e com chances de progressão na carreira. A trabalhabilidade já diz outra coisa. De acordo com essa nova abordagem, não é o emprego que importa, mas a realização profissional e a relevância dos projetos.  

Leia aqui o artigo que publicamos recentemente com mais detalhes sobre as diferenças entre a Trabalhabilidade e a Empregabilidade.

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