Saiba como ajudar os seus estudantes a conseguir um emprego na área de formação com as Atividades Extensionistas
Uma pesquisa da Gallup (que já se tornou um clássico no ensino superior) apontou que, enquanto 96% dos gestores de faculdades e universidades acreditam ter preparado seus alunos de modo satisfatório para o mundo do trabalho, apenas uma em cada dez lideranças corporativas concorda com a afirmativa.
Essa falta de sinergia acaba por agravar o problema da escassez de talentos, que deve atingir a marca de 85,2 milhões de pessoas (número próximo da população total da Alemanha) até 2030.
Como resolver o gap? Uma boa alternativa é aprimorar a gestão de processos para implantação da área de carreiras. Isso significa promover a educação profissional desde o princípio da jornada do estudante.
A seguir, você vai entender qual a importância das atividades complementares na formação acadêmica e como colocar em prática um plano efetivo para integrar o aluno ao mercado de trabalho.
O que você precisa saber
As atividades complementares são práticas acadêmicas que buscam preencher lacunas no currículo universitário, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem. A finalidade é fornecer ao aluno mais experiência dentro de determinado tema.
O que caracteriza este conjunto de atividades é a flexibilidade de carga horária semanal, com controle do tempo total de dedicação do estudante durante o semestre ou ano letivo, de acordo com o Parecer do CNE/CES nº 492/2001.
Além de ampliar a visão de mundo e possibilitar contato com a comunidade, estágios, iniciação científica, laboratórios, seminários extraclasse e projetos de extensão vêm se mostrando cada vez mais relevantes na formação profissional. Eis uma oportunidade para alavancar o sucesso do estudante.
Educação com significado
No Brasil, a educação para a carreira ainda é um campo pouco explorado. Mas o fato é que o oferecimento de iniciativas transversais à proposta curricular é indispensável para desenvolver uma mentalidade protagonista.
As atividades complementares consistem na participação em palestras, conferências, seminários, cursos intensivos, comissão de organização de eventos e outras práticas científicas, profissionais e culturais. Elas são classificadas de três formas:
1º Eixo: atividades de complementação da formação social, humana, ambiental e cultural.
2º Eixo: atividades de cunho comunitário e de interesse coletivo.
3º Eixo: atividades de iniciação científica, tecnológica e de formação profissional.
Tudo isso pode ser combinado de orientações, indicações, networking, entre outras estratégias.
Como incentivar a participação extracurricular
Nos últimos anos, o ensino superior passou a investir em trilhas de aprendizagem. Os conteúdos incluem temas sobre carreira e habilidades relevantes para o futuro do trabalho. A instituição de ensino, entretanto, precisa identificar quem é o seu público para criar um modelo adequado.
Outro recurso que tem boa aceitação é a personalização de projetos extensionistas conforme o perfil do aluno. Esses esforços visam formar indivíduos preparados para criar e gerenciar seus próprios negócios, a fim de gerar renda mesmo em cenários instáveis.
A metodologia hands on (mão na massa) também é uma forma de alavancar a trabalhabilidade, segundo uma pesquisa realizada pela Workalove em parceria com o Instituto Semesp. A maior parte dos calouros (70,8%) e veteranos (60,8%) são matriculados em cursos da modalidade EAD — o que pode justificar a alta demanda por aulas práticas.
Nesse sentido, a ferramenta de mentoring ganha relevância para deslanchar a carreira. A intenção é ajudar o estudante a escolher as atividades complementares e extensionistas mais relevantes para alcançar suas metas e objetivos. O resultado é uma maior confiança frente aos desafios do mercado de trabalho.
A instituição é fundamental
Além de prover ensino e pesquisa, a universidade tem o papel primordial de atuar como centro de promoção do desenvolvimento econômico. A instituição também é fonte de empreendedorismo, tecnologia e inovação.
Por esse motivo, é preciso manter um equilíbrio entre teoria e prática nas grades curriculares, com o intuito de preparar os alunos de uma forma mais completa. Desse modo, é possível adquirir um conhecimento que, em geral, não é ensinado em sala de aula.
A disrupção provocada pela pandemia modificou não somente a maneira como o trabalho pode ser executado. Seus efeitos também aceleraram a reformulação e o surgimento de novas ocupações.
Em tempos marcados por mudanças no ambiente corporativo, a educação superior tem o desafio de formar indivíduos diferenciados e multifacetados. Isso passa por campanhas de engajamento e pela utilização de softwares especializados.
Ao formatar uma estratégia integrada de mentoria de carreira e trabalhabilidade, a faculdade, centro universitário ou universidade é capaz de promover o autoconhecimento do estudante, além de simplificar a aproximação com as grandes empresas.