As 7 principais tendências do novo normal da Educação
As 7 principais tendências do novo normal da Educação e seu impacto na vida do (novo) professor.
Que o mundo sempre esteve mudando todos já sabemos. Mas, a velocidade e intensidade das mudanças dos últimos tempos tem impressionado a todos. Especialmente com a pandemia do COVID-19, assistimos a chegada de várias tendências estimadas para ocorrerem ao longo da década se tornarem realidade em poucos meses. De repente, estávamos nos relacionando, consumindo, trabalhando e estudando remotamente.
Estávamos preparados? Acreditamos que ninguém estava, mas todos foram obrigados a se adaptar, a se reinventar. Especialmente os Educadores. E agora, passado o impacto da obrigatoriedade da mudança, aqui estamos com boas lições aprendidas e diante de um mundo novo que está se redefinindo e já aponta suas novas regras.
Mas, quais são elas para o universo educacional? Como será o futuro da Educação? E como será o Professor do Futuro?
Análise de Perspectivas
Para nos ajudar a entender esse movimento, elencamos as 7 principais tendências do novo normal da Educação:
1. Domínio Tecnológico:
Se no passado precisávamos ser apenas alfabetizados digitalmente, os novos tempos trazem a necessidade do domínio tecnológico. Quem em algum momento dessa pandemia não se viu travado diante de algum desafio tecnológico? Para os professores que ainda não tinham experimentado o formato virtual de sua sala de aula, foi uma experiência e tanto se adaptar para estar a um clique de distância dos alunos.
E essa é uma tendência que veio para ficar e será fundamental cada vez mais nos familiarizarmos com as diferentes plataformas de videoconferência, de streaming e LMS. Além disso, operar equipamentos e aprender sobre edição de áudios, vídeos e imagens se torna pré-requisito para os Professores do Futuro, principalmente para os que querem oferecer seu conhecimento de forma autônoma na web.
2. Educação Remota:
O ensino híbrido e a Educação à Distância (EAD) já vinha crescendo significativamente no Brasil ao longo dos últimos anos. A preferência por essa modalidade de ensino foi muito relacionada à dificuldade de deslocamento em grandes centros urbanos e a uma maior flexibilidade na conciliação da rotina de estudos, vida e trabalho.
Com a pandemia, a preferência pela modalidade EAD se tornou obrigatória, evidenciando todas as suas vantagens e desvantagens, e necessidades de aprimoramento. Se o mundo será cada vez mais remoto, ensinar e aprender à distância precisa se tornar prioridade. A adaptação para essa modalidade de ensino com o uso devido de metodologias, ferramentas e conteúdo próprio deve ser prioridade número 1 de todos os Educadores Digitais.
3. Professor facilitador:
Muito se debate sobre o papel da sala de aula em um mundo onde a informação está a um “google” de distância. E sobre esse ponto é fundamental diferenciar informação de conhecimento. A informação é apenas o dado bruto do conhecimento. Somente o conhecimento é capaz de produzir a compreensão, a ampliação de visão, a troca de perspectivas e a ressignificação sobre o mundo e sobre si mesmo.
O Professor do Futuro será cada vez mais um agente de facilitação nesse processo de transformação pelo conhecimento, instigando o debate sobre as diferentes perspectivas e entendimentos de mundo, sobre a diversidade, a ética e o pensamento crítico, além de se tornar um curador de metodologias e informações que tragam real possibilidade de serem aplicadas nas mais diferentes realidades.
4. Lifelong Learning:
Os novos tempos são regidos por uma nova regra: a imprevisibilidade. É cada vez menos possível usar antigos padrões e regras para resolver os problemas de um mundo em que a única constante é a mudança. Para conseguir viver e trabalhar nessa nova realidade de mundo, todos precisamos aprender, desaprender e reaprender o tempo todo.
A disposição para se perceber como um eterno aprendiz passa a ser fator decisivo para se desenvolver e crescer na vida e na carreira. E é aqui que os professores também ganham a responsabilidades de mentores ou guias na condução desse processo continuado de despertar para o protagonismo de seu autodesenvolvimento e de identificação dos mais diferentes caminhos e rotas possíveis.
5. Soft Skills:
Até muito pouco tempo, as Hard Skills ou Habilidades Técnicas eram o foco absoluto da sala de aula. Mas, num mundo cada vez mais fluido e imprevisível, saber sobre coisas não tem sido suficiente na resolução de problemas complexos. O “saber” permanece sendo fundamental, mas somente se complementado pelo “ser”, mais especificamente pelo “ser humano”.
As chamadas Soft Skills ou Habilidades Sociais e Emocionais refletem a ampliação do escopo educacional na missão de ensinar a “saber” e também “ser”. O Professor do Futuro precisa entender cada vez mais sobre comportamento humano e incluir em suas propostas pedagógicas objetivos de aprendizagem que levem a uma formação integral, humana e inclusiva.
6. Personalização da Aprendizagem:
Cada pessoa é única em sua forma de ser, perceber o mundo e definir sua jornada, o que impacta diretamente em suas necessidades, ritmo, estilo e preferências de aprendizagem. O que faz sentido para muitos, pode não servir para outros tantos. A personalização da aprendizagem surge como uma resposta para atender as diferentes demandas de cada um de forma a otimizar ao máximo o processo de ensino-aprendizagem.
O Professor do Futuro precisará incluir em seu repertório estratégias pedagógicas de micro aprendizagem e de personalização que se ajustem ao perfil de cada aluno para aumentar o engajamento com seu processo de aprendizado, seu desempenho e, principalmente, o sentido dado ao papel da educação na transformação de sua realidade.
7. Experimentação:
A sala de aula é o espaço legítimo do erro. Não há aprendizado sem erro e é o erro que permite o entendimento da tentativa, da disposição para a mudança, da superação do julgamento. O erro é o que permite as pessoas de serem livres para tentarem criar uma nova realidade. Sem a valorização do erro, a educação não alcança seu objetivo final de transformar vidas.
O novo normal da Educação assume a experimentação e a prototipação como ferramentas de base para a mudança de mentalidade do que é ser um protagonista de sua história.
E é de responsabilidade dos Professores do Futuro valorizar o empenho, a dedicação e a disposição para a mudança mais do que o acerto em si. Afinal, não é sobre acertar, é sobre não desistir até acertar. Nesse ponto, a perspectiva multidisciplinar faz toda a diferença por permitir a ativar a criatividade na combinação entre diferentes saberes.
E aí, fez sentido para você? Sinceramente, esperamos ter auxiliado na ampliação de visão e organização de ideias sobre esse mundo novo para a perspectiva educacional. E que venha o novo normal da Educação!